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Ricardo Eskenazi

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O que a web fez na sua vida?

O que é a internet, e o que ela fez na sua rotina?


Em 1985, fiz um curso de Basic, linguagem  de programação de computadores, pois se dizia que quem não soubesse lidar com computadores até o final do século XX, seria analfabeto.


 Na sala de aula, existiam os micros da Apple (legaizinhos), com imensos drives externos para disquetes magnéticos de 5"1/4 (pouco mais de 5 polegadas de diâmetro) que tinham a "incrivel" capacidade de 160k de armazenamento) O melhor era o barulho que fazia. Parecia que o disco estava sendo mastigado e os CP500, da Prológica. (Veja as incríveis configurações dele no link) 


Para minha apresentação do TCC, em 1991, usei um PC XT e uma impressora matricial para imprimir os gráficos da pesquisa de mercado. (Apresentação com retroprojetor)


Saudosismos à parte, a previsão estava correta, no entanto não pecisaríamos chegar ao ano 2000 para que um curso de computação no currículo fizesse a diferença.


A internet começou a habitar nossas vidas como curiosidade. A novidade era para poucos. Não era pra qualquer um ter um computadores em 1995. Os "top" eram os AT 386, o modelo era um "avião", com processador de 40mhz de velocidade e HD de 200Mb. (impensável né?).
 
Destaco algumas configurações dos equipamentos da época, para evidenciar a velocidade com que seu celular "Tijolo" virou peça de museu.
 
Juntamente com o computador, a internet também avançava em terras tupiniquins. Com suas conexões discadas de 28.800 kbps, deixavam seu telefone ocupado e ninguém falava com você. Além de demorar uma eternidade pra carregar qualquer coisa.


O custo do acesso pelos provedores de acesso (Mandic, Cepa) era por hora de conexão, e não era nada barato. E se pagava os pulsos de telefone. Como as antigas BBS's, que quase caíram e desuso.


O fenômeno sem volta da "www", começou a se desenhar em 1995, Apesar de a internet existir há 40 anos. É algo que não tem volta.


Nos últimos anos tem mudado a nossa forma de comunicação, de relacionamento. Transforma todos os dias a forma como buscamos informação, educação, entretenimento.

Este fenômeno não era reconhecido pela gigante do software como algo que cresceria. Mas quando o Sr. Bill Gates se tocou, fez o maior redirecionamento de foco que uma empresa já tinha feito até então. A prioridade nesse momento era a Internet.
Criou-se então o Internet Explorer, que, pra quem se lembra, enterrou o Netscape, pois era oferecido gratuítamente. Este fato gerou uma briga judicial enorme, que culminou na divisão da Microsoft em várias empresas.


A rede mundial alterou até como fazemos negócios, prospectamos clientes, nos relacionamos com eles. 
Os médicos operam online, professores dão aulas à distância.
As crianças e adolescentes tem um mundo à parte da escola e da família.
Seus jogos online, comunicação instantânea. O novo verbo"googlar" entra pro dicionário..."-Joga no Google!"

As crianças e adolescentes "Assistem" ao Youtube. (Como assim?). Falam o "internetês": "Vc sabe do q toh falando? Naum?"


O fenômeno da avalanche de informação, nos obrigou a estarmos sempre atualizados. Mas atualizados com o que? É muita informação. Fomos obrigados a mudar dentro da mudança. Já estamos acostumados a filtrar conteúdos e apenas ler o que é importante.


Aprendemos comprar, falar, opinar, xingar, tudo à distância. Até os crimes entraram para uma nova dimensão.


Nem bem tivemos tempo de absorver a internet, e já fomos atropelados pela Web 2.0. Redes Sociais de infinitos perfis. "Você tem Orkut?"


John Lennon já pedia: "Power To The People" Sim, não somos mais reféns dos conteúdos prontos e enlatados com opiniões imutáveis dos jornais e da TV.


Hoje postamos comentários e opiniões sobre o que escrevem. Nós mesmos escrevemos o que queremos pra quem quiser ler.


Os "blogueiros" (Creia, uma nova profissão) brigaram com os jornalistas. Pra se ter uma idéia, grande parte do conteúdo do portal da Abril é feito por blogueiros (50 deles).
Qualquer um pode blogar.


Quem diria que a Apple de Steve Jobs se tornaria uma gigante de música e de telefonia, revolucionando conceitos, com o aparelho da década. O iPhone.
Do dia pra noite, ele transformou em peça de museu o mais avançado concorrente da época. Usando a web, ele nos permite comprar, localizar, ter informação de qualquer tipo com um toque, fotos, emails, mensagens instanâneas, previsão do tempo jogos, e outras infinitas possibilidades.


A Apple criou também o iTunes que é maior  plataforma de venda de música que existe, resolvendo aparentemente a pirataria instituída pelo falecido Napster (substituída pelos "torrents").


E o melhor, criou outro objeto de desejo que as pessoas descoladas usam pra ouvir seus arquivos de música. O iPod. Outra revolução, com base no bom e velho Walkman inventado nos anos 80 pela Sony, que em breve vai vender vídeos.


Quem poderia imaginar que o reinado da Microsoft de Bill Gates estaria ameaçado por um gigante engolidor chamado Google?
Qualquer produto, software, facilidade, jogo, rede ou serviço que ele lance, vira líder mundial em questão de horas. 
Há também intenções claras de bater de frente com o Windows, com seu sistema operacional, depois do navegador Chrome que combate o Internet Explorer.


A forma de usar a web força as empresas a criarem critérios de uso da rede por seus funcionários, bloqueando serviços em seu ambiente. As grandes marcas têm de modificar seu modelo de relação com seus públicos de interesse, tendo que enfrentar de peito aberto reclamações em foruns de discussão sobre marcas e produtos. Em comunidades e blogs onde se discute qualidade de serviço.


As empresas aos poucos estão tendo que repensar suas políticas. Elas têm de se acostumar ao cliente que fala mal dela, e aprender a lidar com isso.

Algumas já criaram uma nova posição nas suas organizações: O "gerente de redes e mídias sociais" profissional alocado monitorar o que se diz por aí sobre suas valiosas marcas, se relacionar com seu público de forma direta. (todas tateando ainda).






Mas continuem de olho no Google, que continua crescendo e avançando. Nos próximos capítulos vai criar uma rede gigante de acesso à web em Ultra Alta Velocidade.
Obteve uma autorização do governo americano para comprar energia para suas operações.


Se você nasceu antes de tudo isso, já não se vê vivendo desconectado.
Se nasceu na era cibernética, não imagina o mundo desconectado, ou que um dia foi.


Como vivíamos sem isso? Como era possível só ter o telefone fixo?
Tudo isso só se tornou possível na velocidade em que ocorreu por conta da "bolha da internet", fenômeno ocorrido entre 1995 e 2001. Quando se criou uma expectativa superestimada de evolução econômica do setor. Época em que uma empresa que atuava na internet era aberta para ser vendida por milhares de vezes o seu valor para grupos financeiros ávidos por distribuir dividendos a seu acionistas. Foi definitivamente um fenômeno financeiro, e não técnico.


Digo que possibilitou a web só é como é hoje por conta dos imensos investimentos em infraestruturas de fibra ótica e conectividade. Enterraram-se literalmente centenas de milhões nessas redes para possibilitar todas as operações imaginadas nos mais sonhadores  Business Plans. 

A forma da propaganda também mudou e novos mercados amadurecem em torno da nova mídia. Agências digitais mostram que a web é indispensável para o desenvolvimento de negócios de qualquer empresa e criam estratégias sofisticadas e inovadoras para trazer retornos palpáveis para suas ações online.


Mas herdamos o Google, como "sobrevivente". Houve maturidade pra se fazer o Facebook (Que produziu o mais jovem bilionário da História, Mark Zuckerberg).


O fenômeno do Facebook, em 6 anos angariou mais de 430 milhões de usuários.
E o Twitter? (WTF is this?). Não se iluda, dá pra fazer dinheiro com ele!


No Brasil, recentemente outro sobrevivente da bolha foi o Buscapé, que com apenas 10 anos de vida, foi vendido por US$ 340 milhões. O maior negócio da internet para a América Latina.


O fato é que nem você nem eu conseguimos supor um mundo sem a conexão imediata à qualquer pessoa no mundo ou a qualquer informação.


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Um comentário:

  1. Quem diria!! Para alguém que um dia dominou (e muito) a tecnologia do disco de vinil e das fitas K7, estar no Twitter é fantástico.


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