Aqui, vou expressar de uma forma simples e despretensiosa como um mero observador brasileiro que se aventura pelas excentricidades de um país como o Marrocos, começando pela 4a maior cidade da África, Casablanca.
Coisas interessantes acontecem logo que você embarca na "Royal Maroc"(saindo de Madrid), uma companhia aérea que um amigo meu, Léo, apelidou gentilmente de "Mohamed Airlines".
É importande dizer que o que vou contar, está sob a estrita ótica de um paulistano que observa as óbvias diferenças culturais.
Imaginem três comissários de bordo (homens) fazendo a velha demonstração de segurança em que indicam os procedimentos em caso de emergência. Tudo dito em árabe (heeeein?) Eles apontaram pra algum lugar, que até agora nao sei onde é, pra indicar onde estão as benditas portas. Bem se eu fizesse algo errado, eles diriam:
"-Você não prestou atenção quando explicaram que precisa sair do avião antes de colocar colete?" Resposta: Eu tentei!
Sanduíche de beringela e iogurte de pistache não me fizeram sentir melhor, já que não dava pra pedir nada em inglês.
O melhor foi quando passou um carrinho onde vendiam cigarros (como?). Como numa mistura de serviço de bordo com free shop.
Já em terra, passando pelos mau humorados policiais no controle de passaportes, por muitas pessoas vestidas com aquelas batas enormes com capuz, percebi que o trânsito em Casablanca, é tão caótico quanto divertido.
Parei em um café em uma esquina onde treinei meu "impecável" francês, e tive o privilégio de ver os
desesperados taxis, todos vermelhos, carinhosamente chamados de "petit taxis",
passando num enorme cruzamento sem semáforos, ignorando faixas de pedestres.
Desligue os semáforos às seis da tarde entre a Faria Lima e a Juscelino Kubitschek, e permita que se faça qualquer conversão. Conseguiu enxergar?
Época de grandes liquidações "Soldes" fazem os preços despencarem e o comércio ferve (menos entre o meio dia e da 14:30h, pois por algum motivo a maioria das lojas fecha.
Há bastante sofisticação neste restrito centro dos hotéis, mesclada com algumas crianças pedintes, engraxates com suas caixas minúsculas e um cidadão (que se dizia desenhista) que me abordou pedindo 1 Dirhan (moeda local) pra "inteirar" sua passagem de volta à Marrakesh. Céus, que desenhos horríveis.
Assim que tiver conexão à internet, conto mais. Agora de Rabat